O diretor da Pay4Fun, Ari Celia, disse ao iGB que o Ministério da Fazenda do Brasil criou um novo departamento para atingir os operadores do mercado negro. Ele espera que os esforços de bloqueio do Pix sejam bem-sucedidos.
O governo do Brasil está implementando medidas pesadas para evitar que operadores ilegais processem pagamentos antes do lançamento do mercado de apostas legais em 1º de janeiro de 2025.
O Ministério das Finanças do governo está a criar uma equipa de oito funcionários públicos que irão trabalhar especificamente na prevenção de websites ilegais de aceitarem e receberem pagamentos, segundo Celia.
A equipe processará reclamações do setor e buscará punir provedores de pagamento não licenciados e websites ilegais.
Bloqueio de pagamentos Pix será bem-sucedido
Uma medida anunciada publicamente pelo governo é o bloqueio de pagamentos envolvendo operadores ilegais feitos through Pix, serviço de pagamento instantâneo controlado pelo Banco Central do Brasil e utilizado pela maior parte do mercado de apostas.
Os reguladores de outros mercados, como a Alemanha e em toda a Europa, têm lutado para bloquear pagamentos de e para intervenientes no mercado negro devido a vários motivos legais.
Mas Celia acredita que a proibição de transações ilegais through Pix será uma medida bem-sucedida no Brasil, uma vez que é operado pelo Banco Central e, em última instância, controlado pelo governo.
“Se algum banco comercial não souber que tem uma empresa ou cliente que está utilizando websites ilegais, assim que receber um aviso do Banco Central encerrará imediatamente sua conta bancária”, disse Celia.
“Caso não o façam, estarão sujeitos a multas. Não faz sentido nenhum banco comercial no Brasil permitir que essas contas processem Pix depois de notificadas.”
A Pay4Fun é autorizada pelo Banco Central a prestar serviços de pagamentos para diversos setores de entretenimento, incluindo apostas e jogos.
O Banco Central será uma figura chave no mercado de apostas legais no Brasil, pois os provedores de pagamento exigirão sua autorização para operar.
“O Banco Central tem o poder e os sistemas para impedir qualquer empresa que esteja [not licensed]porque eles têm comunicação direta com todos os [commercial] bancos e conosco [as licensed payment providers]”, disse Célia.
Websites ilegais não têm muitas opções
Como o Pix não é mais uma opção, Celia diz que as operadoras não licenciadas terão muito poucas opções de pagamento, já que o dinheiro e a criptomoeda enfrentarão enormes desafios políticos.
“O dinheiro é limitado, muita gente no Brasil não usa mais. E como você consegue dinheiro para uma operação on-line? Você precisa de pessoas locais, corretores, afiliados para receber e enviar dinheiro às operadoras. Isso é muito complicado e é quase impossível enviar dinheiro para fora do Brasil por canais ilegais.”
As operadoras licenciadas não poderão aceitar pagamentos criptografados, conforme Portaria Normativa nº 615.
Celia está confiante de que o Banco Central será capaz de identificar pagamentos criptográficos realizados pelo mercado negro. “A criptografia no Brasil é usada apenas como ativo para investimentos, não como forma de pagamento”, disse ele.
“Para comprar criptomoedas aqui você precisa de uma conta em uma change de criptomoedas, o que significa que você precisa fornecer dados pessoais e o Banco Central está em cima disso.”
Célia concluiu: “Teremos que esperar [and see]mas para websites não licenciados, será difícil operar aqui.”