A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Brasil uniu forças com a Receita Federal (RFB) do governo para garantir que o setor de jogos legais cumpra suas exigências fiscais.
O grupo de trabalho sobre tributação de apostas entre SPA e RFB, denominado GTI-Bets, foi divulgado por meio da Portaria Conjunta RFB/SPA/MF nº 3, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (8 de janeiro).
O SPA e a RFB trabalharão em conjunto para monitorar o comportamento do setor de apostas em relação aos impostos e a continuidade do cumprimento das operadoras autorizadas no Brasil.
Em specific, o GTI-Bets focará na regularidade tributária, bem como trabalhará para prevenir a lavagem de dinheiro e outros crimes.
O grupo será formado por três membros representantes da SPA, da subsecretaria de fiscalização da RFB (Sufis) e da coordenação geral de pesquisas e investigações da RFB (Copei). O representante Sufi coordenará o trabalho.
O GTI-Bets terá a duração inicial de seis meses a partir de 8 de janeiro, embora os secretários possam decidir prolongar a sua duração.
A portaria para anunciar o lançamento do GTI-Bets foi assinada tanto por Robin Barreirinhas, secretário especial da RFB, quanto pelo líder do SPA, Regis Dudena.
Como o grupo de trabalho alcançará seus objetivos no Brasil?
Serão apresentados relatórios bimestrais aos financiadores do grupo, bem como um relatório conclusivo ao remaining do semestre. O grupo pode solicitar informações a qualquer unidade do Ministério das Finanças.
Promoverá a autorregulação entre a indústria de apostas licenciada, embora a RFB possa supervisionar as operadoras independentemente do SPA.
O mercado de apostas legais foi lançado no Brasil em 1º de janeiro, com 14 empresas atualmente com licenças completas, além de outras 54 autorizadas provisoriamente.
A RFB e a SPA compartilharão seus respectivos dados e experiências para auxiliar na identificação de potenciais atividades ilegais de operadoras não licenciadas. Principalmente aqueles envolvidos em crimes financeiros, incluindo lavagem de dinheiro.
O grupo irá também preparar uma proposta para um programa de compliance que ajudará a uniformizar as obrigações fiscais dos operadores que solicitam uma licença native.
Além disso, proporá ações conjuntas para apoiar o trabalho de fiscalização dos Sufis, ao mesmo tempo que visa criar um canal para compartilhar informações relevantes.
Preocupações com a cobrança de impostos sobre apostas de operadores estrangeiros
Em setembro do ano passado, o secretário especial da RFB, Barreirinhas, expressou preocupação com a tributação de empresas internacionais não sediadas no Brasil.
Numa aparição na comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre manipulação de resultados, Barreirinhas enfatizou as dificuldades associadas à prestação de serviços transfronteiriços e às diferentes regras de tributação entre os países.
Mas a Portaria Normativa 827 determinou que as empresas internacionais devem ser apoiadas por uma entidade native, que deve ser detida em pelo menos 20% por uma empresa ou investidor brasileiro. As operadoras licenciadas também deverão ter sede registrada no Brasil.