A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) disse que a atividade do mercado negro no Brasil aumentaria se o Supremo Tribunal Federal considerasse sua lei de apostas inconstitucional.
Na segunda-feira (11 de novembro), a ANJL compartilhou sua opinião na audiência em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que determinará se a Lei nº 14.790/2023 para legalização de apostas esportivas no Brasil é considerada inconstitucional.
A audiência pública de dois dias desta semana está investigando os impactos das apostas no Brasil, com vários grandes nomes da indústria falando no evento. A iniciativa foi iniciada depois que o terceiro maior sindicato do Brasil, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), solicitou que a lei de apostas fosse declarada inconstitucional.
O sindicato ajuizou uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que é uma ação judicial no Brasil que busca fazer cumprir uma lei ou ato que vai contra a constituição.
O relator da ADI 7.721 é o ministro Luis Fux, que disse nesta segunda-feira que o STF deve avaliar a constitucionalidade da lei de apostas ainda no primeiro semestre de 2025.
Fux insistiu que a lei seja alterada para proteger os apostadores em risco, dizendo: “Os problemas que aqui são levantados, relativos às comunidades carentes, os problemas menores e os outros problemas graves que são destacados, levam-nos à ideia de que esta resolução deve seja urgente.”
O mercado de apostas legais está previsto para ser lançado em 1º de janeiro de 2025. O regulador governamental de jogos de azar, o SPA, está em processo de atribuição de licenças.
ANJL alerta que impacto da ADI pode prejudicar 60 mil novos empregos na indústria
A ANJL alerta que esta ação fortaleceria o mercado ilegal no Brasil. Poderia também perturbar a formação de até 60.000 empregos e aproximadamente 4 mil milhões de reais (542,3 milhões de libras/654,7 milhões de euros/695 milhões de euros) em receitas de apostas no primeiro ano do mercado authorized.
O diretor jurídico da ANJL, Pietro Cardia Lorenzoni, disse: “Se a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) for aceita, ela acaba, contrariando o seu próprio objetivo, fazendo o que busca proibir ou evitar, que é o incentivo ao jogo patológico, o jogo ilegal. ”
Também no dia 11 de novembro, o procurador-geral da república Paulo Gonet Branco entrou com uma ADI, ou refutação authorized, contra a Lei nº 14.790/2023 e a Lei nº 13.756/2018 que legalizam as apostas esportivas no país. A ADI afirma que as leis não atendem aos “requisitos mínimos para preservação dos bens constitucionais”.
A ADI afirma ainda que a legislação vigente é “insuficiente para proteger os direitos fundamentais dos consumidores dos produtos e da própria economia nacional, dada a natureza predatória do mercado de apostas virtuais”.
Reação contra o setor de jogos de azar do Brasil
Muitas das críticas ao sector do jogo vieram do sector de bens de consumo do Brasil, que afirma que os seus lucros estão a ser canibalizados pelo crescente interesse nas apostas.
Um polêmico e muito discutido estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) descobriu que 23% dos brasileiros que dedicam parte de seu salário mensal ao jogo pararam de comprar roupas, enquanto 11% cortaram gastos com saúde e medicamentos.
As apostas não estão a impactar os gastos dos consumidores, diz ANJL
Lorenzoni refutou essas afirmações durante o primeiro dia de audiência no STF. Ele disse que as apostas representavam apenas cerca de 0,23% do produto interno bruto (PIB) do Brasil e que seu impacto nos gastos do consumidor period “insignificante”.
Rejeitou também a ideia de proibir a publicidade aos jogos de azar, destacando mais uma vez que poderia representar uma vantagem para os operadores ilegais.
“A publicidade é uma das formas essenciais de diferenciar os jogos regulamentados dos não regulamentados”, continuou ele.
A ANJL também afirma que as questões em curso se devem ao longo atraso entre a aprovação da legislação sobre apostas em 2018 e a aprovação last da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, que alguns acreditam ter levado a uma proliferação de websites ilegais.
“É justamente esse cenário que causou essa realidade, com os malefícios que estamos vivenciando [within the betting sector]”, disse Lorenzoni.
“Existem atualmente quatro mil websites de apostas ativos, com vários [supporting] fraude, incluindo crimes contra a economia standard. Mas essa não é a realidade dos operadores que procuram jogos de azar regulamentados.”
Hoje (12 de novembro), a Regulus Companions estimou que o atual mercado cinza no Brasil vale US$ 3,4 bilhões, estimulado pelo aumento da adoção digital no Brasil após a Covid-19.