O ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Luis Fux, entrou com uma liminar para proibir as apostas por meio do cheque de assistência social Bolsa Família do Brasil. A medida será submetida hoje a uma sessão de emergência da Câmara dos Deputados brasileira, com planos para aplicá-la com efeito imediato.
A decisão foi tomada após uma audiência de dois dias no Supremo Tribunal Federal (STF), iniciada nesta segunda-feira, 12 de novembro, que buscava investigar os impactos das apostas no Brasil e determinar se a lei que rege o próximo mercado authorized é constitucional.
A audiência do STF foi convocada após um pedido do terceiro maior sindicato do Brasil, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ajuizou uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que é uma ação authorized no Brasil destinada a anular uma lei que entre em conflito com a Constituição do país.
O setor de apostas do Brasil, que se prepara para receber as licenças iniciais em breve, enfrentou uma reação significativa de políticos e de vários setores privados nos últimos meses. Um estudo do Banco Central do Brasil em setembro revelou que 20% dos fundos enviados através do programa de bem-estar Bolsa Família em agosto foram gastos em jogos de azar on-line.
O Bolsa Família funciona com cartão emitido pela estatal Caixa Econômica Federal. A proibição garantirá que as apostas com cartão serão proibidas, pelo menos até que o Supremo Tribunal tome a sua decisão remaining sobre se as leis de apostas são inconstitucionais. Isso é esperado no primeiro semestre de 2025.
Fux solicitou que o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, convocasse uma sessão digital extraordinária do plenário, órgão máximo deliberativo da Câmara dos Deputados. A reunião determinará se a decisão de Fux de trazer essas medidas será permanente. Se acordado, a proibição será implementada imediatamente,
Barroso aceitou o pedido devido ao seu caráter excepcional. A sessão está marcada para hoje (14 de novembro), com início às 11h00 e término às 23h59.
Fux também pediu que a proibição da publicidade direcionada a menores seja implementada imediatamente, para garantir melhor proteção às crianças contra jogos de azar on-line.
ADI da CNC parcialmente concedida
A ADI do CNC sugeriu que as regras existentes sobre publicidade, divulgadas em agosto, “não são suficientes para impedir o acesso de crianças e adolescentes aos jogos de azar on-line”.
Além disso, afirma que a falta de regulamentação contra as apostas com recurso à assistência social no Brasil “trouxe uma instabilidade económica que, na verdade, tem causado um verdadeiro retrocesso no desenvolvimento nacional”.
A proibição de apostas com assistência social também é apoiada pela Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), principal órgão comercial do setor de apostas no Brasil.
A ANJL considerou a medida “positiva e necessária” e “alinhada ao jogo responsável, defendido pelo [legal] mercado de apostas e jogos on-line”.
“Ao contrário das empresas que pretendem permanecer à margem da lei a partir de 2025, [operators] comprometidos com o jogo honesto e responsável, incluindo os membros da ANJL, não toleram a divulgação de apostas a menores ou o uso de recursos que tenham o potencial de prejudicar financeiramente as famílias brasileiras mais vulneráveis”, afirmou a ANJL.
“A associação reitera que é do interesse do mercado e dos seus associados common o setor. E a medida do ministro Fux é um avanço importante. A ANJL estará sempre aberta ao diálogo para contribuir para um mercado sólido e responsável.”
O diretor jurídico da ANJL, Pietro Cardia Lorenzoni, falou na audiência do STF na segunda-feira e compartilhou a opinião da associação de que a derrubada das leis de apostas fortalecerá o mercado negro.