Robin Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal (RFB) no Brasil, alerta que pode ser difícil arrecadar impostos de empresas de apostas ativas no Brasil, mas sediadas no exterior.
Barreirinhas fez os comentários em reunião quarta-feira (4 de setembro) da comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre manipulação de resultados no Brasil, após o senador Carlos Portinho solicitar sua presença.
Ele destacou a natureza desafiadora da prestação transfronteiriça de serviços e das regras fiscais em diferentes países.
“O mundo inteiro debate como lidar, no ambiente digital, com uma prestação de serviços e troca de mercadorias cada vez mais intensa”, disse Barreirinhas.
As operadoras estrangeiras estão autorizadas a entrar no mercado de apostas brasileiro licenciado, que será lançado em 1º de janeiro de 2025. A primeira leva de inscrições (114 no whole) incluiu pelo menos 40 inscrições de operadoras estrangeiras, pesquisa realizada pela advocacia sediada no Rio de Janeiro. afirma o escritório Veirano Advogados.
Para mitigar essas incertezas, a Portaria Normativa nº 827 estipula que as empresas internacionais devem ser apoiadas por uma entidade native que tenha pelo menos 20% de participação acionária brasileira. Esta entidade deve ter sede e registro no Brasil.
Barreirinhas disse ao comitê que a regra garantiria que uma entidade native fosse responsabilizada por seu parceiro internacional e pudesse manter uma discussão aberta com a RBF.
“Por isso o modelo aprovado pelo congresso nacional previu a obrigatoriedade de a empresa ter aqui um representante authorized, para que esse diálogo aconteça.
“Estamos acompanhando um movimento world de coordenação entre o fisco para que haja cooperação na troca de informações relacionadas às transações financeiras para que[…] somos capazes de implementar a lei.”
Os operadores licenciados serão tributados em 12% da receita bruta do jogo (GGR) e serão obrigados a pagar uma taxa de licença inicial de RBRL30 milhões (£ 4 milhões/€ 4,8 milhões/$ 5,5 milhões). Uma certidão conjunta da secretaria especial da RFB e da Procuradoria Geral da República garantirá que a empresa esteja registrada para pagar impostos localmente.
“Nosso foco é tributar a empresa [over the player]”
A Portaria Normativa nº 2.191, publicada em maio, introduziu uma taxa de 15% sobre ganhos de jogadores acima de R$ 2.824 (US$ 500).
Os jogadores serão tributados na fonte antes de receberem seus ganhos e o operador de apostas será responsável pelo cálculo e recolhimento das contribuições fiscais.
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) classificou anteriormente o quadro tributário como “prejudicial” aos jogadores e “juridicamente questionável”, mas Barreirinhas espera que a RFB receba “praticamente nada” do imposto sobre os ganhos dos jogadores. Ele disse que poucos jogadores ganharão o suficiente para atingir o limite necessário para pagar o imposto.
“Nosso foco tem que ser a empresa”, explicou Barreirinhas. “A empresa é quem ganha, é quem dá lucro.”
Evasão fiscal é grande preocupação do Senado
O senador Portinho levantou preocupações sobre a evasão fiscal, especialmente em relação ao fato de as empresas de pagamentos evitarem taxas de câmbio ao manterem fundos no Brasil.
Barreirinhas disse que o problema não é exclusivo dos jogos on-line e que a RFB e o Banco Central do Brasil já trabalham para mitigar essas atividades.
“Não que seja necessariamente ilegal, mas se houver uma empresa no Brasil recebendo e pagando [funds]tem que pagar impostos”, acrescentou Barreirinhas. “Há muitas vezes [also] uma violação da legislação cambial.”